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Chove na Alma, a luz parda esconde o brilho e as gotas, qual pequenos mundos, pairam na atmosfera húmida dum dia triste. Chora por dentro este vazio, este frio que não é Inverno mas gela os dedos que tentam segurar-te nas mãos. Hoje tomámos noção de quanta agitação existe ao nosso redor, de como todos estamos perdendo a essência dum Ser maior. É triste perceber que este não é o mundo que nos viu nascer. Chove-nos na Alma, uma água ácida que corrói os sentidos, que nos deixa perdidos sem saber onde devemos ir. Estar aqui ou parti? É uma questão premente num tempo cheio de gente mas tão oco de humanidade, amor e verdade. © 2022 - António Almas

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