Viajo pela noite ao ritmo dos dias pequenos, nesta espiral de Inverno que me leva a minguar como se secasse por dentro. É um contra-senso neste tempo húmido ficar seco, mas é como me sinto neste momento.

O tempo há-de parar de encolher, o dia há-de esticar e quando a Primavera voltar serei eu mais cheio de esperanças e ventos? Ou, terá já o chão dado uvas e agora apenas as flores embelezam os meus dias?

Fico quedo, parado, gelado há espera duma nova vida, dum Verão quente, dum Outono maduro e desse tempo a que chamamos futuro.

© 2021 - António Almas







Comentários

  1. Todos ficamos assim muitas vezes, como que secos por dentro. À espera de um novo recomeço. De uma nova Primavera que nos traga um futuro diferente daquele que imaginamos que vai ser. Todos ficamos assim, mas uns mais do que outros. Os que escolhem a alma para viver.

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    1. Obrigado Esmeraldina, é sempre um gosto saber-te aqui, ler os teus comentários e sentir através dos teus sentires. Beijinho.

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