Não há muito para perceber em mim, eu sou um envelope branco de papel, um conjunto de dobras duma simples folha que há-de envolver as cartas que te escrevem. Endereçar-me-ão e viajarei pelo tempo até chegar à tua mão.
Não há muito a saber sobre um sobrescrito, apenas que carregava dentro uma missiva que nos era destinada, que atravessou o espaço desde o remetente ao destinatário guardando o segredo das palavras tatuadas por dentro.
O que importa é a mensagem, o que vem implícito, o que está escrito e o que é subentendido nas entrelinhas, porque há muita palavra escondida entre aquilo que se escreve e aquilo que se quis escrever.
© 2022 - António Almas
E preciso estar à altura para perceber. Para conseguir descodificar essas palavras que se escondem nas sombras das outras... Nem todos lá chegam.
ResponderEliminarBela e emotiva prosa! Bjo
Muito obrigado minha amiga. Beijinho.
EliminarVoltei !
ResponderEliminarPor causa da tua prosa lembrei-me de um blog que um dia encontrei abandonado na net como tantos outros ... https://textocru.blogs.sapo.pt/
Um belíssimo blogue, gostei muito, obrigado pela tua sugestão.
EliminarEssas palavras que não foram ditas viajarão por oceanos e encantarão as sereias. Voarão pelos céus e chegarão às mãos dos anjos. Ficarão guardadas na alma para a eternidade para serem desenlaçadas por quem as entender.
ResponderEliminarEsmeraldina
Uma viagem entre dimensões. Um espaço indefinido entre sensações. Obrigado Esmeraldina. Bom fim-de-semana.
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