Há uma nascente no âmago, um silêncio na boca do estômago que trava as mãos e deixa-a seca. Há uma prece por chuva, uma lágrima solta que deambula à deriva.
Eu não sei mais o que sinta, as palavras parecem restolho e a terra greta na esperança dum Inverno farto d’águas da Mãe. Encolho-me, mergulho no silêncio do teu ventre, boca na tua boca, lábios sobre os teus lábios numa composição de sentidos que desenlaça as mãos e arrepia as peles despidas de conceitos.
Sou apenas tu e eu, nesta espiral invertida, neste momento significantemente lírico em que no teu corpo escrevo a tua poesia com os meus dedos húmidos de ti.
© 2021 - António Almas
Excelente texto como é habitual. Boas Festas com boa saúde, amor, paz e prosperidade.
ResponderEliminarBeijinhos 😘 🎅💫🕊️❤️
Olá Fanny, umas festas felizes, paz e luz. Grato pela tua leitura e comentário, é um gosto saber que passas por aqui. Bom Natal.
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