Tu que me lês em silêncio e percebes o que não te confesso, entende porque regresso, porque fico, calo e choro, rio e brinco. Talvez eu precise de disfarçar o que sinto, sentindo apenas as palavras e escrevendo. Talvez eu tenha medo e prefira ficar no escuro rezando-te versos.

Tu que me sabes de cor, que me olhas ao redor e por dentro também, tu que voas sobre a minha essência e te fazes presença mesmo quando não te vejo. Diz-me por estamos aqui, porque continuamos a calar tantas frases, a segurar tantos sentires, com medo de porvires que poderão nunca chegar?

Tu! Sim, tu que sabes quem eu sou, de onde venho e para onde vou, porque não me entregas as mãos e caminhas comigo?

© 2021 - António Almas







 

Comentários

Mensagens populares