Dizes que o teu corpo me pertence. Quero despi-lo como se
despe a casca da árvore, expondo-te o tronco nu, a pele arrepiada de quem sente
por antecipação o toque. Dizes-me que posso fazer do teu corpo o que quiser.
Quero dar-lhe prazer, quero fazer-te enlouquecer nos meus braços, devorar-te os
seios como se chupasse uma manga madura e suculenta. Quero morder-te os lábios
como quem morde as cerejas. Quero entrar no teu corpo como uma faca que corta a
bainha. Quero fazer-te minha.
Abre-me o teu ventre, deixa que entre e folheie as pétalas
da tua rosa, que te lamba a seiva corrente da fenda onde depositarei a minha.
Deixa-me semear-te a carne, matar a minha fome e alimentar o teu cio, porque
esse templo teu precisa da prece pagã do feiticeiro para te fazer prenhe do seu
clã. Dá-te, entrega-te e confia que a minha carne é faminta pelo carmim da tua,
minha Deusa, minha Lua.
© 2021 - António Almas
Erótico. Docemente Erótico. Palavras libidinosas que me encantaram.
ResponderEliminarUm beijo.
Grato Maria Lúcia.
Eliminar🌹
ResponderEliminarThank you Evey. @,-
Eliminar