Há algo de mágico na atmosfera que reveste o teu corpo, algo
de transcendente, de mutável que se perde no desenho do sorriso nos lábios ou
nesse olhar de mistério, meio pueril, meio ecléctico que se prendeu ao meu num
instante. Ficaram secretos por revelar, palavras a dançar e um silêncio a pedir
para falar.
Ainda não percebo o que vejo, a miopia da realidade tende a
distorcer-me os sentidos que como anzóis se prendem às cordas invisíveis que nos
atam e suspendem deste lugar mágico sobre o qual voamos em círculos perfeitos.
Arrisco, corto as veias que bombeiam o quotidiano, sangram
os dias, mergulho fundo nessa superfície fluida que és, como se fosse chuva
virgem a encher o lago da tua aura matando a sede a uma terra prenhe, a uma
floresta por nascer, a um segredo por dizer.
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