De onde te conheço? Do jardim ou do deserto? Da água ou do fogo? Do ruído ou do silêncio? Que importa de onde, o que importa é o que não se vê, o que se esconde. Conheço-te de todos os lados, de todas as direcções, do norte e das preces, do sul e das luzes, d’este, do Sol nascente e do oeste onde te pões.

Conheço-te dantes do nascimento, de depois da morte, do prazer e do desejo, do azar e da sorte. O que sei de ti ninguém sabe, o que te escrevo nem sequer é uma forma de arte, são os desvarios de um louco que em arrepios de gozo se esquece que nem sequer me pertences e já me és tanto, que nem mesmo em pranto te consigo ter.

© 2021 - António Almas



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