Há um eco que se parece à tua voz agitando-me os dedos. Há um silêncio atroz que me enche de medos. Não percebo se devo deixar-te fluir nas palavras que navegam na minha mente, ou devo guardar-te como uma recordação perene dum encontro fugaz com uma estrela ascendente.
Quando sinto, sinto profundamente, entrego-me totalmente e nem penso ou olho para o lado. Coisas de um personagem enlouquecido, de coração faminto.
Abri as portas e tu entraste com os primeiros raios de Sol, deixei-te ficar, iluminaste-me com a chama da tua presença, aqueceste-me a alma e sopraste-me nos lábios a poesia, acendeste-me os olhos e fez-se dia.
© 2021 - António Almas
É este o condão das palavras : signos de alegria, na esperança de serem os veículo de novos estados de alma . Aliadas à linguagem poética deixam de ser signos para elas mesmas serem a própria emoção. Por isso, deixemo- nos envolver pelo seu feitiço atraves da poesis ,dando - lhes a liberdade de nos fazer felizes .
ResponderEliminarUm prazer enorme voltar a lê- lo , António
Bji
Magnifica descrição do efeito que a poética gera em nós, é isso mesmo Manuela, a poesia envolve-nos como um terno abraço que pode ir da delicadeza pura ao mais intenso momento. Obrigado por me vir ler. Beijinho.
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