Escutas no silêncio da madrugada as poesias que te ditam, como se fosses um oráculo que fala com os deuses acima. Segues o instinto, na forma escrita, na palavra dita e atreveste a fazê-lo cumprir como uma profecia.

Eu sou um livro de folhas brancas onde escreves a tinta-da-china a poética que te eterniza. Guardo-te nas minhas páginas como se guarda um tesouro, às escondidas, duma forma clara, com verbos e metáforas que só alguns chegam a entender, mas que a tantos os fará rever.

Esta é a força dos sentires, eles sabem as letras vestir, preenchem vazios e são espelhos que como a Lua reflectem o brilho dos sois internos.

© 2021 - António Almas




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