As pétalas das rosas vestem-te o corpo nu, uma cascata encarnada precipita-se dos ombros a teus pés. Os cabelos de fogo imolam palavras que profeticamente transformas nos lábios em vozes poéticas.

Fico quedo e mudo perante o que a luz me revela, essa luz que te desvela a meus olhos. As minhas mãos têm urgência de por a nu os teus contornos, os meus dedos querem traçar a tua silhueta e os meus lábios secam de ansiedade perante tamanha beleza.

Eu sei que nada sou, que tantos te idolatram e veneram. Mas eu não posso deixar de clamar à Primavera estes versos, frases perdidas nos vermelhos-sangue que não são mais que a admiração, paixão, que por ti nutro.


© 2021 - António Almas




Comentários

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    1. Obrigado Alice, é a tua sensibilidade que sente essa beleza e eu só tenho a agradecer-te. Beijinho

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  2. Enquanto deambulo por estas imagens, tenho a ensação de caminhar por uma vereda de álamos bordada aqui e além por tufos de rosas. Lá ao fundo, uma estástua de seda.
    Maravilhos, António!

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    1. Manuela criou com as suas palavras um cenário belo e desejado. Este é o poder das imagens que conseguimos criar ao ler, das suas eu senti o perfume das rosas e a textura da seda escorrer-me pelos dedos. Grato pelo seu sentir. Beijinho.

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