A voz dos pássaros é um grito à libertação, ao salto ao espaço, ao vazio, um voo, um passo sobre abismos. A tua é o grito da alma, a forma como o ar se faz palavra. O canto é a música feita de letras, o silêncio quebrado no espanto de ouvir-te dizer a melodia que te dança no corpo.

Talvez eu seja louco, talvez meramente alucinado, não sei porque te digo, não sei porque o faço, mas a verdade é que este fio mágico me ata ti. A minha pele sente, como se o teu arrepio estivesse aqui, em mim presente. Afinal somos espíritos deambulando pelo nada, vagueando entre a dimensão do existir e do ser, onde as essências são cantigas que ainda temos por conhecer.


© 2021 - António Almas




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